Ananda Bezerra Bonfim
Bruna Tomaz Tinoco da
Silva
Ednângelo Duarte
Pereira
Evanir Brasil Germano
Rafaela da Silva Arruda
Rafaelly Aguiar da
Silva
Á luz da historia da agricultura no
Brasil e com analises criticas realizadas durante a disciplina de agricultura
nos países lusófonos, acreditamos que embora reconhecermos considerados avanços
na agricultura brasileira, ainda existe muito por fazer.
Entre os desafios encontrados no
país dentro do setor agrícola podemos destacar: a concentração de terras nas
mãos de poucos, agronegócio voltado para produção de commodities, falta de
politicas públicas efetivas para agricultura familiar e a não valorização da
mesma.
Para entendermos os fatores que
ocasionaram a concentração de terras no Brasil precisamos refletir o processo
de colonização do país, este, ocasionou a atual situação que conhecemos que é a
concentração de grandes extensões de terras nas mãos de poucos, herança da
divisão de terras em capitanias hereditárias do Brasil colônia.
Outro ponto que consideramos de
importante destaque é a produção de commodities (café, milho, soja, carne
bovina, laranja e outros.) pelo o agronegócio para o mercado de exportação. O
alerta para esse ponto, passa necessariamente pelo auto investimento do governo
brasileiro nesse setor, em comparação com investimento realizado na agricultura
familiar, esta última, responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam á
mesa dos brasileiros.
Pode-se, então, afirmar que a
eficiência econômica dos grandes produtores nada mais é que a expressão do seu
poder em obter auxílio do Estado. É muito mais uma eficiência política do que
econômica, deixando claro que a modernização só foi possível mediante a
intervenção do Estado, sendo um processo totalmente induzido pelas políticas
públicas concentradoras (Martine, 1990, apud
AGRA & SANTOS, 2001).
A falta de politicas públicas que
atenda de forma eficaz as necessidades do pequeno agricultor vem se tornando um
grave fator para o desenvolvimento de pequenos produtores no Brasil. A opção
pelas políticas diferenciadas de desenvolvimento rural não exclui nosso olhar
dos demais grupos de políticas, especialmente as de cunho macroeconômico e setorial,
uma vez que têm reflexos diretos e indiretos sobre as condições de produção e reprodução
do público em destaque - agricultores familiares (RAUPP, 2009).
Assim como Santos (1999), devemos
ressaltar que a espinha dorsal do conservadorismo da estrutura agrária deve ser
atacada com a realização de um amplo programa de reforma agrária, somado a um programa
de crédito fundiário e assistência técnica, no entanto esses programas devem
vir acompanhados de propostas de urbanização para o mundo rural interiorano, no
sentido de dotar as pequenas cidades do interior, de uma infraestrutura
adequada: luz elétrica, água potável, saneamento básico, habitação, ensino, saúde,
creches, redes de comunicação etc, com o objetivo de oferecer condições
necessárias para a realização das novas atividades, gerar ocupação e renda e
oferecer melhor qualidade de vida à população.
Finalmente, avaliamos assim como
Agra (2001) que a grande condição que pode ser apresentada para a implementação
do desenvolvimento rural sustentável é “vontade política” e interesse das
classes governamentais em eliminar a pobreza, mudando a atenção de suas
políticas e se voltando para o social, para o regional, para os problemas que
assolam a população do campo brasileiro.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGRA, N. G;
Agricultura brasileira: situação atual e perspectiva de
desenvolvimento. In: XXXIX Congresso
Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 2001, Recife/PE.
RAUPP, A.
K. A orientação das políticas públicas de apoio às agroindústrias da
agricultura familiar - experiências do RS em destaque. In: 47º Congresso da SOBER, 2009, Porto Alegre. p. 1-20.
SANTOS, M.J. dos. Rumo a um Projeto Alternativo de
Desenvolvimento Rural Sustentável.
In: Congresso
Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 37, 1999, Foz do Iguaçu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário