terça-feira, 3 de setembro de 2013

VISÃO DA ATUAL SITUAÇÃO DA AGRICULTURA NO BRASIL


Ananda Bezerra Bonfim 
Bruna Tomaz Tinoco da Silva 
Ednângelo Duarte Pereira 
Evanir Brasil Germano 
Rafaela da Silva Arruda 
Rafaelly Aguiar da Silva
 


 Á luz da historia da agricultura no Brasil e com analises criticas realizadas durante a disciplina de agricultura nos países lusófonos, acreditamos que embora reconhecermos considerados avanços na agricultura brasileira, ainda existe muito por fazer.
Entre os desafios encontrados no país dentro do setor agrícola podemos destacar: a concentração de terras nas mãos de poucos, agronegócio voltado para produção de commodities, falta de politicas públicas efetivas para agricultura familiar e a não valorização da mesma.
Para entendermos os fatores que ocasionaram a concentração de terras no Brasil precisamos refletir o processo de colonização do país, este, ocasionou a atual situação que conhecemos que é a concentração de grandes extensões de terras nas mãos de poucos, herança da divisão de terras em capitanias hereditárias do Brasil colônia.
Outro ponto que consideramos de importante destaque é a produção de commodities (café, milho, soja, carne bovina, laranja e outros.) pelo o agronegócio para o mercado de exportação. O alerta para esse ponto, passa necessariamente pelo auto investimento do governo brasileiro nesse setor, em comparação com investimento realizado na agricultura familiar, esta última, responsável por cerca de 70% dos alimentos que chegam á mesa dos brasileiros.
Pode-se, então, afirmar que a eficiência econômica dos grandes produtores nada mais é que a expressão do seu poder em obter auxílio do Estado. É muito mais uma eficiência política do que econômica, deixando claro que a modernização só foi possível mediante a intervenção do Estado, sendo um processo totalmente induzido pelas políticas públicas concentradoras (Martine, 1990, apud AGRA & SANTOS, 2001).
A falta de politicas públicas que atenda de forma eficaz as necessidades do pequeno agricultor vem se tornando um grave fator para o desenvolvimento de pequenos produtores no Brasil. A opção pelas políticas diferenciadas de desenvolvimento rural não exclui nosso olhar dos demais grupos de políticas, especialmente as de cunho macroeconômico e setorial, uma vez que têm reflexos diretos e indiretos sobre as condições de produção e reprodução do público em destaque - agricultores familiares (RAUPP, 2009).
Assim como Santos (1999), devemos ressaltar que a espinha dorsal do conservadorismo da estrutura agrária deve ser atacada com a realização de um amplo programa de reforma agrária, somado a um programa de crédito fundiário e assistência técnica, no entanto esses programas devem vir acompanhados de propostas de urbanização para o mundo rural interiorano, no sentido de dotar as pequenas cidades do interior, de uma infraestrutura adequada: luz elétrica, água potável, saneamento básico, habitação, ensino, saúde, creches, redes de comunicação etc, com o objetivo de oferecer condições necessárias para a realização das novas atividades, gerar ocupação e renda e oferecer melhor qualidade de vida à população.
Finalmente, avaliamos assim como Agra (2001) que a grande condição que pode ser apresentada para a implementação do desenvolvimento rural sustentável é “vontade política” e interesse das classes governamentais em eliminar a pobreza, mudando a atenção de suas políticas e se voltando para o social, para o regional, para os problemas que assolam a população do campo brasileiro.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
AGRA, N. G; Agricultura brasileira: situação atual e perspectiva de desenvolvimento. In: XXXIX Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 2001, Recife/PE.

RAUPP, A. K. A orientação das políticas públicas de apoio às agroindústrias da agricultura familiar - experiências do RS em destaque. In: 47º Congresso da SOBER, 2009, Porto Alegre. p. 1-20.

SANTOS, M.J. dos. Rumo a um Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável.
In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 37, 1999, Foz do Iguaçu.

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