segunda-feira, 1 de julho de 2013

Caracterização da Agricultura em Moçambique

J. Wilson N. de Souza
Eliene Campelo
Fernando de Barros Pinto
Joana D'arc Feitosa 
Natália Guimarães
Alana Rodrigues


A produção agrícola moçambicana é realizada por dois setores: o empresarial e o familiar. As províncias do centro e norte têm maior potencial agrícola que outras áreas do país, solos mais férteis, chuvas abundantes e geralmente produzem excedentes agrícolas. No sul do país o clima é mais seco, o solo é ruim e desastres naturais como enchentes e secas são ocorrências periódicas. Junto com as comunidades costeiras que sofrem de isolamento extremo, essas são as áreas mais pobres do país. Em Moçambique a maior porcentagem da população vive na zona rural (70%) dedicando-se exclusivamente à agricultura familiar caracterizada por pequenas propriedades que cultivam menos de 5 ha. Este setor detém cerca 99% das unidades agrícolas e ocupam entre 90% a 95% de toda área cultivada do país. Em 2005 estas propriedades totalizavam 3.090.197 unidades, as médias e grandes propriedades, por sua vez, totalizavam 37.296 e 429 unidades respectivamente.
A pobreza em Moçambique, embora reduzido de 70% em 1997 para 54% em 2003, ainda é um problema grave e fenômeno predominantemente rural, 80% da população pobre dos pais está na zona rural, esta população, como já dito, vive principalmente de atividades agro-silvo-pastoril de pequena escala. A agricultura constitui a principal fonte de alimento e renda das famílias, agricultores e pescadores geralmente produzem o suficiente para atender às necessidades básicas de alimento de suas famílias, tendo em alguns casos um pequeno excedente para venda. A renda do cultivo e da pescaria é insuficiente e a maioria da população rural sobrevive no nível da subsistência. Da diversidade de produtos alimentares destacam-se o milho (80% das explorações) e a mandioca (71% das explorações). Acerca da produção animal sabe-se que apenas 3,3% das pequenas propriedades têm gado, 71% criam galinhas, 27% caprinos, 16% suínos e cerca de 11% utilizam tração animal. O corte de lenha e estacas são produtos florestais de 46% e 30% das pequenas e médias propriedades respectivamente.
Dos meios de produção e serviços apenas cerca de 11% das pequenas propriedades irrigam, 3,7% usam fertilizantes, 6,7% utilizam pesticidas e 16% aproximadamente contratam mão de obra. Dados de 2005 mostram que apenas 2% das famílias vacinaram galinhas (criação dominante em todas as regiões do país), 3% vacinaram outros animais, enquanto menos de 3% receberam assistência técnica. Os serviços de extensão são limitados, dos 128 distritos do país apenas 55 estão cobertos por serviços públicos. Apesar do esforço que estes serviços recebem da contribuição de ONGs a sua cobertura é relativamente fraca.

SITOE, Tomás A. AGRICULTURA FAMILIAR EM MOÇAMBIQUE ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Maputo, Junho de 2005.

SAMBO, B. ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL: SUCESSOS E RETROCESSOS. www.booksambo.net, Maputo, 2008.

FIDA. HABILITAR OS POBRES RURAIS A SUPERAR A POBREZA EM MOÇAMBIQUE. <www.ifad.org>, maio 2010.


SAMBO, B. EXTENSÃO RURAL: UM ESTUDO DE CASO NO DISTRITO DE MAGUDE. Trabalho para obtenção do grau de licenciatura em Sociologia, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo 03. 09. 2003.

Um comentário:

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