Ananda Bomfim
Bruna
Tomáz
Ednangelo Duarte
Evanir Brasil
Rafaela Arruda
Rafaelly Aguiar
Segundo MURTEIRA;ABREU
(1990) “O desenvolvimento global da economia de Cabo Verde nos
últimos anos foi muito positivo, contrastando fortemente com a evolução geral
da região sub-saariana, de sentido regressivo. Assim, em termos reais, a economia
cresceu a 6% ano em 1980/86, e o consumo privado a 6,5% em média anual no mesmo
período”. A situação climática foi um fator decisivamente importante
para a excepcional produção agrícola em 1987/88, no entanto, estes indicadores
não permitem ignorar a extrema vulnerabilidade da economia, dada a incipiência
do seu sistema produtivo (esta, por seu turno, derivada em larga medida da
escassez de recursos materiais) e a sua forte dependência da ajuda externa.
Esta financia mais de 80% do investimento do País. Neste ano, ainda, a
assistência técnica contou para cerca de 1/4 da ajuda externa, enquanto a ajuda
alimentar representou apenas 1/6 daquela ajuda. De notar que essa assistência
está fortemente concentrada nos setores sociais (Saúde, Trabalho e assuntos Sociais
e Educação) e também no setor Desenvolvimento Rural e Pescas.
É nestas condições que Cabo Verde se situa a
um nível médio de “desenvolvimento humano”, na classificação de recente
publicação do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), (Quadro I), embora a base material da economia seja
extremamente precária”
Quadro
I: Indicadores de “desenvolvimento humano” em Cabo Verde
Cabo verde
|
África
sub-saariana
|
|
||
Esperança de
vida à nascença (1988)
|
65
|
51
|
62
|
|
Taxa de
alfabetização dos adultos (1988)
|
50
|
48
|
60
|
|
Calorias em %
das necessidades (1984/86)
|
125
|
91
|
107
|
|
População com
acesso a água potável (1985/87) (%)
|
69
|
37
|
55
|
|
PNB p.h.
(1987)
|
500
|
440
|
650
|
|
IDN*
|
0,53
|
*Indicador de
desenvolvimento humano, combinando elementos relativos à esperança de vida à
nascença, à taxa de alfabetização e à garantia dum nível mínimo de rendimento.
Varia entre 0 e 1.
Fonte: “Rapport Mondial
sur le Developpement humain” 1990, PNUD, ONU.
“Em termos de perspectivas a longo
prazo, com todas as incertezas que rodeiam cálculos desta natureza, em
particular numa economia tão pequena e vulnerável ao exterior como Cabo Verde,
a questão crucial a colocar respeita obviamente ao confronto
população/recursos. Os Quadros II, III e IV traduzem cenários possíveis (e
nalguma medida desejáveis) da evolução até ao fim do século. O quadro II
baseia-se em projeções da ONU, os Quadros III e IV em projeções realizadas
pelos serviços competentes de Cabo Verde no âmbito da preparação do II Plano
Nacional de Desenvolvimento (1985-90). Selecionamos as projeções que distinguem
a evolução da população nos meios urbano e rural, uma vez que essa distinção
clarifica o possível papel da agricultura no desenvolvimento socioeconômico do
País.
Quadro II: Projeções da população urbana e rural
População em 1990 (106)
|
Taxas anuais de crescimento (%)
|
|||||||||||
P. urbana
|
P. rural
|
|||||||||||
U
|
R
|
85/90
|
90/95
|
95/2000
|
85/90
|
90/95
|
95/2000
|
|||||
Mundo
|
2260
|
3032
|
2,47
|
2,55
|
2,55
|
1,19
|
1,07
|
0,83
|
||||
Países em
Desenvolvimento
|
1373
|
2698
|
3,59
|
3,59
|
3,51
|
1,39
|
1,25
|
0,97
|
||||
África
|
202
|
410
|
5,24
|
5,08
|
4,83
|
2,04
|
1,98
|
1,86
|
||||
Cabo Verde
|
0,233
|
0,146
|
5,67
|
4,79
|
3,91
|
-1,05
|
0,16
|
1,38
|
||||
Angola
|
2,836
|
7,184
|
5,57
|
5,41
|
5,15
|
1,68
|
1,68
|
1,65
|
||||
Guiné-Bissau
|
0,304
|
0,684
|
4,60
|
4,62
|
4,56
|
1,06
|
1,11
|
1,12
|
||||
Moçambique
|
4,190
|
11,473
|
9,03
|
7,63
|
6,28
|
0,75
|
0,53
|
0,45
|
||||
Fonte: “Étude sur l’economie mondiale”, 1990, ONU,
p. 148. Com base em
World Population Prospects, 1988, ONU
Em
1990, apenas 39% da população vivem em zonas rurais, segundo as estimativas da
ONU, enquanto 10 anos antes (Quadro III) essa população seria de 61%. Não
sabemos em que medida os dados são comparáveis, dada à diversidade das fontes,
mas vários indicadores sugerem forte redução da população rural na década
decorrida, com paralelo rápido crescimento da população urbana (superior ao
crescimento médio africano em 85/90 e muito superior ao crescimento da
população urbana nos países em desenvolvimento). Claro que esta evolução aponta
para fatores poderosos de repulsão da população dos meios rurais e
correspondente atração dos meios urbanos, além da propensão emigratória.
Uma
olhada pelos cenários do ano 2000 (Quadros II, III e IV) suscita os seguintes
comentários:
-
Assume-se que o êxodo rural é praticamente contido a partir da presente década,
aumentando ligeiramente a população rural até ao fim do século.
- A
população urbana continuará a aumentar de forma significativa, embora a ritmo
inferior à média africana. Implicitamente, pois está admitida uma relativa
melhoria das condições de vida da população rural, justificando o decréscimo da
atração do meio urbano.
Referências:
MURTEIRA, Mário; ABREU, Armando Trigo. A agricultura no desenvolvimento sócio-economico de cabo verde. Portugal, out. 1990.
MURTEIRA, Mário; ABREU, Armando Trigo. A agricultura no desenvolvimento sócio-economico de cabo verde. Portugal, out. 1990.
ONU, Étude sur l’économie
mondiale, ONU, 1990.
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